quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Decepções!

      O último escândalo de doping no esporte mundial, envolvendo três velocistas medalhistas mundiais (Tyson Gay, Asafa Powell e Sherone Simpson) não me chocou com a mesma intensidade do que alguns acontecidos anteriormente. Com a situação que o esporte mundial se encontra era mais que esperado o acontecimento desses fatos, e não espero que isso pare tão brevemente.
      É claro que o uso de substâncias ilegais não é uma novidade no esporte, alguns dos principais atletas do século passado já estiveram envolvidos em alguns casos, podemos citar como exemplo Ben Johnson (considerado o homem mais rápido do mundo no final da década de 1980) e até Carl Lewis (detentor de 10 medalhas olímpicas) – o segundo, teve o caso revelado em 2003 pela imprensa americana, sendo revelada a presença de antigripais no exame realizado na seletiva americana para as Olimpíadas de Seul.         Porém, o que mais me assusta em relação a isso é o rumo que o esporte está tomando, não só em relação ao doping, mas em relação à frequência de decepções que atletas de alto nível veem causando ultimamente. 
      Em 2012, o ciclista Lance Amstrong admitiu, depois de anos negando, o uso de anabolizantes durante as competições que ganhou, o que gerou a retirada das sete conquistas do Tour de France do americano e a proibição do próprio a disputar qualquer prova oficial da modalidade.
      Mas o caso que me deixou extremamente perplexo, até mais que o de Armstrong, foi o caso do atleta paralímpico sul africano Oscar Pistorius, acusado de assassinar sua namorada dia 14 de fevereiro desde ano, meses depois de ser o primeiro atleta paralímpico biamputado a disputar as Olimpíadas. Um ídolo de uma geração, tanto de deficientes como de pessoas consideradas “normais”, um exemplo de vida, que jogou tudo abaixo, por motivos ainda desconhecidos.
      Os dois casos citados acima foram os principais que me despertaram tristeza e até uma certa revolta, como um legitimo fã de todas modalidades esportivas, vendo essa situação critica em que se encontra o esporte atual, deixo uma pergunta no ar: se não é possível alcançar a perfeição, vale a pena usar de todos os artifícios possíveis para chegar próximo a ela? Na minha opinião não, mas da forma que os atletas atuais estão pensando, o esporte está se degradando cada vez mais e com isso se distanciando da inalcançável perfeição.

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